BICA DO PENEDO BRANCO

Esta fonte de água fresquinha fica próxima do penedo branco. Depois de fazer uns quilómetros de bike a subir, não há nada melhor do que parar 5 minutos nesta bica para repor a água perdida e encher o camelbak. Quem quiser ficar mais tempo no local, tem um bosque de carvalhos que garantem sombra durante todo o dia.

PERNILONGO (Himantopus himantopus)

Esta ave não existe no vale do lima mas como fui de férias, resolvi tirar fotos a alguns modelos e o Pernilongo foi um deles.

O Pernilongo identifica-se pelas suas asas e bico preto, pernas rosadas e o resto (cabeça, pescoço e corpo) branco.

É uma espécie que habita nas zonas húmidas costeiras, sobretudo nas salinas, charcas e lagoas.

FIGUEIRA-DO-INFERNO (Datura stramonium L.)

Pensa-se que esta planta foi introduzida acidentalmente em Portugal. É originária da América. A epóca de floração é entre Junho e Outubro. Quando frutifica forma umas cápsulas ovais com espinhos. É uma espécie que contém substâncias com propriedades alucinogénicas. Aparece frequentemente em terrenos cultivados.

TOMATEIRO-DO-DIABO (Solanum linnaeanum)

É uma planta tóxica originária da África do Sul. Foi a primeira vez que vi esta espécie. Como sou curioso, tirei um fruto da planta, cortei-o e cheirei-o. Tinha um aroma agradável, contudo não o ingeri devido aos alcalóides que o mesmo contém. O Tomateiro-do-diabo pode ser observado nas margens de campos e caminhos, na proximidade de zonas costeiras. Não sei se existe no norte e centro do país. Esta foto foi tirada na costa Alentejana.

ROLA BRAVA (Streptopelia turtur)

Esta ave migradora geralmente chega a Portugal em Abril e parte em Setembro. Encontra-se particularmente em zonas de matas densas alternando com campos abertos. Podem ser observadas aos pares ou em grupos muito pequenos, no entanto têm vindo a diminuir nas ultimas decadas. O uso de produtos fitofarmaceuticos e a caça são dois factores que têm contribuido para a regressão desta espécie.

Este ano, a caça a esta ave abre no dia 15 de Agosto. O limite de abate são 10 espécies, contudo sao ilegalmente abatidas nos locais artificiais de alimentação e junto às linhas de água.

DEDALEIRA (Digitalis purpurea)

Habitat: Matos, relvados húmidos e ruderal;

Época de Floração: Abril a Setembro;

Usos e Propriedades: Medicinal. Tóxica.

Na paisagem protegida do corno de bico, junto aos caminhos em terra batida foi efectuada a gestão de combustíveis (corte de vegetação para prevenção de incêndios florestais). Esses trabalhos devem ter sido efectuados no início do ano. O resultado foi o nascimento espontâneo de dedaleiras, as quais enriquecem a paisagem e contrastam com a maioria da flora existente no local.

PETO-VERDE (Picus viridis)

É o maior pica-pau existente em Portugal. É fácil de identificar porque é o único que apresenta uma tonalidade geral de cor verde.

Esta espécie pode ser observada no vale do Lima, principalmente em pinhais. Gosta de percorrer as árvores para encontrar formigas, mas alimenta-se sobretudo no solo. O seu voo é ondulado.

Este juvenil foi encontrado em estado crítico, no entanto, um bombeiro entregou-o às autoridades competentes para recuperação.

LINHO-DE-RAPOSA (Cuscuta epithymum)

Esta espécie é uma planta parasita, de fios avermelhados, que parece cabelo pintado.

Penso que tem uma relação simbiótica com a planta hospedeira. Observa-se frequentemente envolvida com tojo e não o parece danificar.

Pode ser vista com frequência no vale do Lima na orla de estradas, caminhos…..

REDE HIDROGRÁFICA DO RIO LIMA EM REFOIOS DO LIMA

Em Refoios do Lima existem duas linhas de água de maior dimensão, que são afluentes do rio Lima.

Em primeiro lugar destaca-se o ribº da Cangueira, que surge da junção do ribº da Cachada Velha e do ribº de Lourido. Estes dois ribeiros têm a sua nascente na encosta do Penedo Branco, particularmente num local denominado Alto de S. Ferreiro.
Curiosamente o Ribº da Cangueira atravessa a Estrada Nacional próximo da via que dá acesso ao Penedo Branco e desagua no rio Lima, no lugar de Real de Baixo.

Em segundo lugar evidencia-se o ribº de Boleco, cuja nascente situa-se próximo do lugar da Lapa e desemboca no rio Lima, no lugar da Boavista.

JÁ FLORARAM AS ABRÓTEAS

Numa passagem recente pelo Penedo Branco observei que já floraram as abróteas.

No vale do Lima podem ser encontradas duas espécies, a Abrótea-da-Primavera (Asphodelus ramosus), a mais abundante no território nacional e a Abrótea-branca (Asphodelus albus). Em determinados locais desabrocham de forma ordenada, parecendo que foram plantadas.

ALVEOLA-BRANCA (Motacilla alba alba)

Para quem gosta de observar e fotografar aves, esta é a época do ano indicada para conseguir excelentes fotos desta espécie.

Esta ave observa-se com facilidade no vale do Lima, particularmente nos terrenos lavrados.

Após o tractor lavrar, a alveola-branca percorre o terreno para se alimentar. Não se intimida com a presença de pessoas, aproxima-se o suficiente para ser fotografada e sempre a baloiçar a cauda, comportamento bastante característico desta espécie.

PASSEIO NO RIO LIMA

Esta semana tive oportunidade de descer o rio Lima em canoa. Após marcação com os colegas de trabalho e com o clube náutico de Ponte de Lima, a descida realizou-se no dia 12 de Maio de 2009, pelas 10H00.

A aventura começou na foz do rio Vade (junto ao campo da feira da vila de Ponte da Barca) e terminou na freguesia de Gemieira (concelho de Ponte de Lima).
Após receber regras básicas de canoagem e normas de segurança do monitor do clube náutico iniciou-se a descida.

A maior parte do percurso faz-se com facilidade, contudo, em locais onde existem pesqueiras surgem algumas dificuldades provocadas pela corrente e agitação da água. Nesses locais, quem nunca andou em canoa, sujeita-se a mergulhar em águas profundas e a ficar sem o meio de transporte.

No que me diz respeito, posso dizer que fiquei duas vezes sem o peixinho que me transportava e só o recuperei com a ajuda do monitor, no entanto, os mergulhos são sempre seguros graças ao equipamento usado (capacete, colete, fato de surf…).

Durante o trajecto, a vegetação ripícola existente nas duas margens enriquece o passeio. Observa-se particularmente freixos, amieiros, salgueiros, acer spp, choupos e sabugueiros.

Como aspecto negativo refiro apenas algumas pesqueiras fixas, utilizadas por pescadores gananciosos na pesca da lampreia, as quais ocupam a maior parte do rio e dificultam a passagem.
Aconselho vivamente a descer o rio Lima em canoa,

Contactos:
Clube Náutico de Ponte de Lima – S. Gonçalo – Arcozelo – 4990-150 Ponte de Lima
Telefone: 258944899
http://www.cnplima.com/